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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CEARÁ PERDE PARA O BAHIA E ESTÁ REBAIXADO PARA A SÉRIE B.

O sonho alvinegro de permanecer na elite do futebol brasileiro terminou neste domingo (4). Jogando fora de casa, o Ceará foi derrotado por 2 a 1 para o Bahia e ainda foi prejudicado com a goleada de 6 a 1 do Cruzeiro sobre o Atlético-MG, concorrente direto na luta contra o rebaixamento. O Vovô terminou a competição na 18ª posição da tabela, com 39 pontos, culminando na queda para a Série B.
O time cearense começou a partida motivado a garantir um bom resultado. Logo aos seis minutos, Osvaldo partiu em velocidade, ficou na cara do gol, mas o goleiro Marcelo Lomba fez uma bela defesa. Depois que o Cruzeiro abriu o placar contra o Atlético-MG em Sete Lagoas, os jogadores do Vovô pareceram se abalar e o ritmo mudou. O Bahia passou a aproveitar os contra ataques e tomou o controle da partida.
Aos 13 minutos, Camacho chutou forte de fora da área e abriu o placar. Aos 43 minutos, a defesa do Ceará saiu errado e sobrou para Camacho, que tocou para Lulinha, que chutou colocado, sem chances de defesa para Diego. Bahia 2 x 0 Ceará. O alvinegro ainda diminuiu no fim do primeiro tempo, aos 45 minutos, com um chute forte na entrada da área de Felipe Azevedo. Mas a essa altura, o Cruzeiro já vencia o rival por 4 a 0.
Sem motivações extras, os times cearense e baiano voltaram para um segundo tempo morno, sem grandes jogadas de perigo. Marcelo Nicácio e Felipe Azevedo perderam boas chances, na frente do goleiro. A entrada de Washington no lugar de Nicácio deu uma melhora ao Vovô. O atacante teve diversas chances de balançar as redes, mas, o goleio do Bahia fez grandes defesas, se consolidando o melhor nome da partida.
Ano de altos e baixos
A campanha no Brasileirão 2011 começou com motivações de sobra. Além de conquistar o Campeonato Cearense de “arrastão”, o time estava disputando a semifinal da Copa do Brasil. O atacante Marcelo Nicácio foi o artilheiro do certame local e, com 16 gols, era o segundo maior goleador do país, atrás apenas de Leandro Damião (Internacional-RS). Para empolgar ainda mais, o elenco era melhor que do ano anterior. Pelo menos na teoria.
Com chances de ir à final da Copa do Brasil, a estreia na Série A foi disputada com um time B. O então técnico, Vagner Mancini,  mandou para o campo um misto de atletas da base e reservas. Houve várias críticas e, logo no estádio Presidente Vargas (PV), o Vasco aplicou um amargo 3 x 1. Na semana seguinte, desclassificação na Copa do Brasil e um resultado surpreendente: vitória de um a zero sobre o Internacional em pleno Beira Rio. Gol daquele que era o mais caro jogador alvinegro (naquele momento) e ídolo colorado, Iarley.
As duas primeiras rodadas serviram bem como uma demonstração do que viria a ser o desempenho do Ceará dentro do extenso Campeonato Brasileiro. Acúmulos de resultados ruins dentro de casa e sufoco nos campos adversários, com algumas surpresas positivas, como diante do Avaí e Grêmio. Em nenhum momento, os três técnicos que comandaram o time puderam repetir a escalação, fator que atrapalhou o entrosamento.
Mancini indicou vários jogadores caros e conhecidos do grande público. A diretoria bancou e trouxe nomes como o pentacampeão pela Seleção Brasileira Edmilson e o centroavante Roger. Ambos pouco atuaram e tiveram momentos pontuais de destaque, bem aquém do rendimento esperado. Sem contar com a trapalhada do também penta em 2002, Belleti. O meio campista assinou contrato e, após uma semana viajando alegando “problemas pessoais”, anunciou aposentadoria. Iarley e Júnior também não renderam o esperado e foram negociados para Goiás e Bahia, respectivamente.
Atacantes
No geral, quem sobressaiu mesmo foi o atacante Osvaldo. O baixinho, que passou a maior parte do início da temporada como reserva, assumiu a titularidade, encantou os cartolas dos maiores clubes brasileiros ao desconsertar defesas dos adversários com habilidade e velocidade. Pecava apenas na finalização. Nas últimas partidas, uma das contratações criticadas pela torcida pôs fim as contradições e se tornou o “homem gol” do Vovô. Felipe Azevedo foi escalado por Dimas Filgueiras na posição que sabe jogar e se tornou o artilheiro do Vovô no campeonato, com 11 gols. Desses, sete foram feitos em seis jogos.
Mancini perde 10 jogos
Vagner Mancini alternou resultados bons e ruins, mas perdeu demais enquanto esteve no comando técnico do Ceará. Ao longo de 23 partidas, o treinador conseguiu vencer 7 vezes, empatar 6 e perder em outras 10 situações. Na 23ª rodada, ele acertou com a diretoria a saída do clube. Naquela ocasião, vinha de quatro partidas sem vitórias e acumulou novo empate no PV, diante do Atlético (GO).
Segunda chance a Estevam
Após a saída de Mancini, a diretoria resolveu dar uma segunda chance ao treinador Estevam Soares, que esteve à frente do Vovô em seis partidas no ano passado e não havia conseguido nenhuma vitória. O presidente Evandro Leitão justificou a contratação dizendo que o técnico merecia outra oportunidade porque foi injustiçado e não teve tempo de montar uma equipe competitiva em 2010. Soares venceu apenas o Coritiba (3×2), teve dois empates e perdeu 5 jogos.
Estevam Soares foi demitido na 31ª rodada, depois de ser vencido pelo Atlético (PR), na Arena da Baixada por 1 x 0. Ele entregou o time na zona de rebaixamento como 17º colocado, somando apenas 32 pontos.
Soldado de volta à batalha
Pela 40ª vez na História do Ceará Sporting Club, Dimas Filgueiras assumiu o comando técnico da equipe. Na “estreia” contra o Fluminense, no PV, o técnico lançou um ataque sem centroavante e surpreendeu com a dupla Osvaldo e Felipe Azevedo. Este segundo fez o gol cearense logo aos sete minutos. Mas o tricolor das Laranjeiras virou e venceu por 2 x 1.
Foi aí que veio a surpresa e Dimas se vingou da goleada que os catarinenses do Avaí construíram em 2010. Lá em Florianópolis, venceu por 2 x 1. Depois, teve duas baixas no PV. Perdeu para os reservas do Santos e para o Corinthians. Em seguida, foi à Porto Alegre e venceu o Grêmio por 3 x 1. Na penúltima rodada, empatou com o Cruzeiro (2 x 2) em casa e deixou tudo para ser decidido em Salvador, no último jogo. Apesar de toda a sua tentativa em motivar o elenco, o “soldado alvinegro” não conseguiu livrar o Ceará da queda.

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