Time de Araçatuba ignora presença de 11.500 torcedores no Maracanãzinho, vence por 3 sets a 2 e força terceiro jogo das semifinais da Superliga
O Vôlei Futuro não quis nem saber dos 11.500 torcedores que acordaram cedo na manhã deste sábado e lotaram o Maracanãzinho para bater o recorde de público da temporada 2011/12 da Superliga (masculina e feminina). A equipe de Araçatuba derrotou o Rio de Janeiro de virada, por 3 sets a 2 (parciais de 22/25, 25/22, 25/20, 22/25 e 15/7) e empatou as semifinais em 1 a 1. Agora, o terceiro e decisivo jogo da série acontece na próxima sexta-feira, às 21h (de Brasília), mais uma vez no Maracanãzinho.
- Para o esportista, a hora do jogo é a hora do show. Um ginásio lotado sempre motiva e é muito legal fazer parte de um jogo como esse, que teve recorde de público. Ainda mais porque conseguimos sair com a vitória. O nosso diferencial foi acreditar sempre e não perder a confiança que podemos reverter a série. Hoje jogamos taticamente bem, diferentemente da primeira partida - disse o técnico Paulo Coco, do Vôlei Futuro.
Jogando com o calor da torcida, o Rio de Janeiro começou errando dois ataques, com Sheilla e Mari (1/3). O Vôlei Futuro mostrava que estava disposto a empatar a série e chegou a abrir três pontos, após ataque de Paula Pequeno (5/8). O tempo técnico serviu para Bernardinho acertar a equipe, que empatou a partida em 8/8. As visitantes voltaram à frente com Fernanda Garay, mas o ataque de Joycinha para fora deixou tudo igual novamente (11/11).
A partir daí o Rio passou à frente com uma largadinha de Régis e não saiu mais. Paula Pequeno atacou para fora depois de um belo rali, Régis virava todas as bolas, ponto de bloqueio, Mari na diagonal curta e, para fechar em 25/22, Valeskinha pelo meio.
Se quisesse continuar sonhando com uma vaga na final, o time de Araçatuba precisava reagir. E foi isso que fez. O bloqueio começou a funcionar e parou Régis por duas vezes (6/5). Depois foi a vez de Fernanda Venturini errar dois levantamentos e obrigar Bernardinho a parar o jogo. A conversa parece não ter funcionado, Mari parou no bloqueio de Ana Carolina, e as visitantes abriram três pontos (16/13). Com Carol no saque, o Rio conseguiu empatar em 16/16, mas o time voltou a errar. Sheilla atacou para fora, a parede do Vôlei Futuro funcionou e Paula Pequeno soltou o braço para deixar tudo igual no jogo: 22/25.
Depois de muitos vacilos na segunda parcial, o Rio voltou melhor para o terceiro set. Sheilla, vindo de trás, e Juciely, na saída de rede, fizeram 5/2. O técnico Paulo Coco pediu tempo, mas a equipe da casa continuou ampliando a vantagem, agora com Mari no ataque (8/3). A reação do Vôlei Futuro veio com Paula Pequeno e com as falhas da equipe carioca. A ponteiro virou duas bolas, e Joycinha bloqueou para virar (12/11). Tempo pedido por Bernardinho, o Rio chegou a reagir, mas dois ataques para fora seguidos de Ju Nogueira deram moral ao adversário. Os erros custaram caro ao atual campeão da Superliga, que apenas viu o Vôlei Futuro vencer o set por 25/20 e virar o jogo para 2 a 1.
O quarto set seria o mais disputado. As duas equipes começaram iguais, mas o Vôlei Futuro abriu boa vantagem (19/14). Aí começou a volta por cima do Rio, que foi tirando a diferença até virar o placar em um ataque de Fernanda Garay para fora (21/20). Sheilla apareceu bem, virou duas bolas e abriu três pontos. E coube a Régis atacar, fazer 25/22 e empatar o jogo em 2 a 2.
Ao som da música tema do filme Tropa de Elite, a torcida se levantou para apoiar o Rio de Janeiro no tie-break. O Vôlei Futuro ignorou o barulho das arquibancadas e abriu 2/0 com Carol Gattaz. O Rio respondeu com um ataque de Sheilla, mas na sequência a própria jogadora errou o saque e devolveu a vantagem. Bernardinho parou o jogo, mas a equipe de Araçatuba continuou aumentando a diferença. O bloqueio funcionava, a defesa também e Fernanda Garay comandava o ataque. Com 4/12, o Rio pediu mais um tempo e voltou à quadra para fazer 7/13. Mas não dava mais tempo para a virada, Paula Pequeno fez 7/14 e Joycinha fechou em 7/15.
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