Atacante brasileiro brilha, supera números da última temporada e festeja chegada de Maxwell, Alex e Thiago Motta: 'Está virando o Brasil aqui já'
Na temporada passada, em mais de 40 jogos, foram 18 gols. Neste ano, em 31, já são 17. Os números provam: Nenê evoluiu, contrariou as previsões de boa parte da imprensa francesa, que achava ser complicado o brasileiro repetir o sucesso de seu primeiro ano na França. A boa fase do brasileiro, no entanto, fez a diretoria e o técnico deixarem no passado as recusas dos centroavantes que não quiseram se transferir para a equipe de Paris.
- Graças a Deus, continuei no nível que comecei o campeonato no ano passado. Geralmente, nesta época é mais difícil, por estar de volta das férias, com muito frio. Para o brasileiro, neste frio, então, é ainda mais complicado. Mas estou indo bem e isso é gratificante demais para mim. Os jornalistas aqui disseram que seria difícil manter o nível do ano passado, mas não só estou mantendo como melhorando. Provei que eles estavam errados (risos) - afirmou, por telefone.

- É muito bom, porque, mesmo com todos os jogadores que chegaram ao clube, eu continuei recebendo carinho. Os torcedores estão vendo o meu esforço, o que tento fazer em campo, e vejo essa premiação como uma excelente recompensa. Fico muito feliz de poder receber essa homenagem.
Nenê é só elogios ao novo técnico, o italiano Ancelotti.
- Mudou bastante. O estilo francês é totalmente diferente do Ancelotti. Os clubes aqui têm o mesmo estilo de treinamento, mas com ele não. É um treinador de muita qualidade, experiência, ganhou muitos títulos importantes, a cultura dele é intensa demais. São trabalhos mais curtos, porém mais puxados. Ele gosta muito de explorar velocidade e posse de bola, acelerando o jogo sempre que possível. Comunica-se muito bem conosco e se adaptou rápido - destacou.
"República brasileira' toma conta do PSG
Depois da chegada de Leonardo para o cargo de diretor técnico, o Paris Saint-Germain virou uma espécie de "república brasileira" na França. Afinal, na janela de transferências do inverno europeu, foi atrás de três reforços nascidos no Brasil: o lateral Maxwell (Inter de Milão), o zagueiro Alex (Chelsea) e o meia Thiago Motta (Inter de Milão). Para Nenê, excelentes contratações para o clube.

O atacante sabe da responsabilidade de manter a tradição de Ronaldinho e Raí no clube francês.
- Estou conseguindo manter, mas essa responsabilidade é grande. Só fera mesmo. Ouvir nas ruas e na imprensa que desde a época do Ronaldinho não aparecia um jogador com essa qualidade aqui é uma grande honra. Espero marcar época aqui e continuar essa tradição conquistando títulos, o que é o mais importante.
Mas houve também possíveis reforços que acabaram, na reta final do mercado, não fechando com o PSG. O principal deles foi Alexandre Pato, com quem Nenê chegou a conversar.
- Conversei pessoalmente com o Pato. Estava torcendo para que ele viesse. Poderia ajudar muito a gente. Infelizmente, de última hora, não deu. Mas todas as outras negociações que eu vi na imprensa, pelo que sei, também aconteceram. Umas deram certo, outras não.
"Objetivo é ser campeão e buscar a Champions"
Mas se em janeiro muita gente recusou o PSG, Nenê acredita que no meio do ano isso pode - e deve - mudar. Segundo ele, o clube está disposto a gastar para se reforçar e fazer bonito já na edição 2012-2013 da Liga dos Campeões da Europa.

pelo clube francês (Foto: AFP)
O brasuca espera "uns quatro ou cinco reforços de peso" na próxima temporada.
- Dá pra perceber que o objetivo do clube é ser competitivo na Champions. Não vamos só entrar. Para irmos bem, tem que ter uns 20 jogadores de alto nível, e a ideia deles é essa. Devem contratar ainda no verão. Nós não pensamos nisso agora, mas sabemos que, classificando para a Champions, o grupo deve ficar ainda mais forte. Com certeza mais uns quatro cinco devem vir.
Um dos grandes atrativos do PSG, além do poderio financeiro e da possível hegemonia que ele pode implantar no futebol francês, é estar localizado na Cidade-Luz. Paris é um dos locais mais bonitos e famosos do mundo. Quem não gostaria de morar (e jogar) lá?
- Todo mundo quer vir para cá. Realmente é uma cidade excelente para se viver. Tem de tudo. A única coisa é que o inverno as vezes complica. Nesta última semana a temperatura caiu muito. No sábado, jogamos com - 3, pegamos -8 de manhã no treino e isso complica. Mas tirando isso daí, realmente não tenho o que falar.
Muitos casais no mundo sonham passar a lua de mel em Paris. A de Nenê com o Paris Saint-Germain já dura mais de um ano. E, pelo visto, parece que ainda haverá muito mais momentos inesquecíveis nos próximos.
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