O Corinthians viverá ainda 15 dias de espera para o duelo contra o Santos pela semifinal da Libertadores. A ansiedade é um sentimento comum a toda a nação alvinegra, mas Tite é quem mais vive de perto essa expectativa. O técnico vem convivendo com o nervosismo, as dúvidas, o planejamento do time e uma série de compromissos extracampo.
GOBBI MINIMIZA IMPORTÂNCIA DE TÍTULO
- O sonho do título da Libertadores está cada vez mais perto para os corintianos, mas o presidente Mário Gobbi tenta minimizar a pressão sobre o time. O mandatário disse que a conquista não torna o Corinthians maior.
O Timão ganhou um período maior de preparação e não terá jogos até o dia 7 de junho quando enfrenta o Figueirense pelo Campeonato Brasileiro, no Pacaembu. A pausa, no entanto, não representa descanso para o treinador, mas sim muito trabalho com treinamentos, análise do adversário, do próprio plantel e de estratégias para vencer.
Nas semanas que antecedem a esperada semifinal, o Santos absorve parte preciosa do tempo de Tite. Ele assistiu aos dois jogos contra o Vélez Sarsfield pelas quartas de final e aprendeu bem como os argentinos pararam Neymar. Além disso, pensa como vai usar a própria experiência adquirida nos confrontos passados contra o time do litoral.
“Tenho todos os dados, todas as informações. Claro que a gente acompanha. O Vélez montou duas linhas de quatro, diminuiu a área de atuação dele (Neymar) e fez o resultado no primeiro jogo”, disse, em entrevista ao programa Bem, Amigos.
Conciliar a Libertadores com o Brasileirão também se tornou um enorme desafio e requer planejamento. O comandante sabe que precisa pontuar no certame nacional após duas derrotas seguidas (Fluminense e Atlético-MG) que ligaram o sinal amarelo. Tite elaborou até um estudo sobre o retrospecto recente dos times que disputaram as duas competições e alertou seus pupilos sobre o resultado nada animador.
Apesar da importância do Brasileiro, o treinador não pode se esquecer da recuperação dos atletas e precisa avaliar com cuidado a escalação. Na estreia contra o Fluminense, por exemplo, o atacante Jorge Henrique pediu para entrar em campo e despertou dúvidas.
“O Jorge me pediu para ir para o jogo, eu pensei e consultei as pessoas no clube porque não é uma decisão só minha. Mas se ele jogasse não trabalharia com o time no domingo de manhã. A equipe ia treinar e poderia fazer uma jogada ensaiada ou uma bola parada que fosse importante. Eu optei que ele não jogasse”, revelou.
Além dos dilemas, Tite lida com a própria ansiedade diante de uma partida tão importante na história do clube e para o seu próprio currículo, já que chegou à semi da Libertadores apenas uma vez com o Grêmio, em 2002, quando foi derrotado pelo Olímpia.
Na semana do confronto pelas quartas de final contra o Vasco, confessou a pessoas próximas que estava ‘pilhado’ e admitiu o nervosismo em coletiva. Disse que mal conseguia dormir à noite e, mesmo dois dias depois da partida, ainda não estava com o sono em dia.
O treinador encontra tempo para cumprir uma série de compromissos. Na noite de segunda-feira, foi o convidado do programa Bem, Amigos, do Sportv. Na início da tarde desta terça, após o treino no CT Joaquim Grava, vai visitar a Fundação Casa onde conversará com adolescentes infratores. No mesmo dia, às 17h, ele estará presente no UOL Esporte como convidado do programa de estreia de Neto, o Papo Reto.
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