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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Zé Carlos supera expulsão recorde, chega a 21 gols e sonha com prêmio


Atacante carrega marca negativa de ter levado cartão vermelho com 12 segundos de jogo pelo Cruzeiro. Bem no Criciúma, almeja o Artilheiro do Ano


Criciúma E. C. - Matéria exclusiva com Zé Carlos (Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma E. C.)

É difícil medir o valor exato e o significado apropriado para o tempo. No caso do atacante Zé Carlos, ele foi curto e devastador. Desmanchou o sonho de defender um time do porte do Cruzeiro, depois de oito jogos, um gol e, o mais marcante, um cartão vermelho. A expulsão com 12 segundos - em um clássico contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro de 2009 - foi recorde no futebol brasileiro. Depois daquele jogo, não vestiu mais a camisa celeste. Hoje, acha que o tempo foi o melhor remédio: vive boa fase no Criciúma, com 21 gols na temporada, sendo sete em cinco rodadas na Série B, campeonato do qual é o artilheiro.
- É uma fase muito boa. Estou concentrado nos jogos, tendo um bom descanso para entrar em campo e dar o máximo. O clube tem um objetivo e eu também. E juntos tentamos nos ajudar. Os gols estão saindo, e isso é importante. O que faço é me concentrar para marcar os gols quando pintar a oportunidade e ajudar o Criciúma - disse.
A vida de nômade da bola teve três momentos diferentes até a residência fixa em Santa Catarina, no Tigre, desde 2011. Após o episódio no clássico mineiro, que terminou 3 a 0 para o Galo e pôs fim a um jejum de dois anos e cinco meses (12 jogos) contra o rival, Zé Carlos durou poucos dias na Toca da Raposa. Sem ser utilizado, foi emprestado à Portuguesa exato um mês depois do cartão vermelho aplicado por Paulo César Oliveira por falta em Renan (veja no vídeo abaixo).
Passou por Gamba Osaka, do Japão, e voltou para a Portuguesa em 2010. No ano passado, defendeu o Corinthians-AL - foi o décimo artilheiro do Brasil em 2011, com 24 gols - antes de fechar com o Criciúma. Arrependido do feito negativo que marcou a carreira, ele leva até hoje no discurso a lamentação, mas só pensa em mudar o foco.
- Quem assiste ao lance vê que não foi maldade. O Renan é um amigo. Ali nem eu senti que pegou meu cotovelo nele. Fica um sentimento ruim porque marca para o resto da carreira, mas tenho levado pelo lado positivo. Minha família, meus amigos, meus filhos e irmãos me ajudaram muito a superar aquele momento.
Hoje, Zé Carlos procura enxergar o lado positivo daquela expulsão.
- Acho que na minha carreira não mexeu em nada. Mas aprendi muito naquele lance. Aquilo foi uma fatalidade que aconteceu comigo e pode acontecer com qualquer outro. Serviu de lição. As coisas vêm para você aprender. A cada dia que passa vou aprendendo. Quando a gente trabalha, tem que esquecer as coisas negativas. Agora só penso positivo.
Positivo, hoje, na cabeça do atacante, é levar o Criciúma de volta à elite do futebol, competição que os catarinenses não disputam desde 2004.
- Meu primeiro objetivo é subir com o Criciúma. Também tenho em mente fazer 30 gols na temporada. No ano passado não fiz pré-temporada, e foi um pouco complicado. Mas este ano foi diferente. Eu me preparei fisicamente, e as coisas estão acontecendo.

Prêmio Friedenreich
CompetiçãoGols
Campeonato Catarinense12
Copa do Brasil2
Série B7
Total21
Se mantiver a boa sequência de sete gols em cinco jogos na Série B, ele pode chegar a outra marca: a de principal artilheiro do ano no futebol brasileiro. Zé Carlos está em quinto no ranking. À frente dele, vêm apenas Neto Baiano (Vitória), com 35 gols, Lúcio Maranhão (ASA) e Neymar (Santos), com 27, e Warley (Campinense), autor de 22. Apesar de a marca traçada pelo próprio atacante ser de 30 gols, insuficiente para alcançar o topo, a fuga do caminho trilhado não está descartada.
- Nem tinha parado para pensar neste objetivo. É difícil. O Neto Baiano é um excelente atacante, meu amigo. E tem muitos atacantes na disputa. Mas se esse objetivo chegar naturalmente, vou ficar contente. O foco principal, porém, é sempre ajudar o Criciúma a subir para a Série A.

Só no último jogo ele marcou os três gols da vitória sobre o Goiás. No sábado um novo compromisso: contra o ASA, no Municipal Arapiraca, às 21h, pela sexta rodada da Série B. Uma ótima oportunidade para diminuir a diferença para o concorrente a artilheiro do ano Lúcio Maranhão, que defende a equipe alagoana.

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