Jogador rompe fronteiras da sua terra natal, faz estreia pelo Botafogo e começa nova fase da vitoriosa carreira no país que sempre admirou
Por Janir JúniorDireto de Paramaribo, Suriname
Clarence Seedorf guarda no seu complexo esportivo, no Suriname, pinturas feitas à mão de seu rosto em diferentes fases da vida, com diferentes cortes de cabelo. Foram homenagens que ele recebeu. Em outra imagem, o jogador aparece em uma nota de 10 mil pesetas (moeda espanhola antes do Euro). Mas o valor do meia de 36 anos vai além das fases e do dinheiro. Herói nacional em Paramaribo, ele rompeu as fronteiras do seu país de origem, rodou o mundo e neste domingo dá o primeiro passo para começar sua história no futebol brasileiro. O camisa 10 do Botafogo faz sua estreia contra o Grêmio, às 18h30m, no Engenhão.
Em Paramaribo, bares se preparam para transmitir o jogo, que terá a audiência de surinameses e milhares de brasileiros residentes no país de Seedorf. O primeiro toque na bola com a camisa do Botafogo em solo brasileiro será apenas a continuação de uma relação estreita com o país, que envolve casamento com a brasileira Luviana e identificação sempre destacada nas declarações do camisa 10.
- Sempre me diziam que penso e jogo como um brasileiro - disse Seedorf, em entrevista antes da estreia pelo Botafogo.
As declarações são dadas em português claro. Luviana, sua mulher, foi criada em Realengo e era passista da Mocidade Independente de Padre Miguel. Os dois se encontraram quando ela foi com a escola de samba para uma temporada de shows em Roma, na Itália. O casal prima pela discrição e vida em família com os quatro filhos. O lugar escolhido para morar foi o bairro do Leblon, onde eles já tinham um apartamento.
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